"Antevemos que a taxa de câmbio do kwanza face ao dólar se vá depreciar até final do ano, com a recuperação dos preços do petróleo, atingindo os 666 kwanzas por dólar", lê-se num comentário desta filial africana da britânica Oxford Economics aos últimos números da evolução dos preços em Angola.
A inflação em agosto em Angola subiu para 26,1% em agosto face ao mesmo mês do ano anterior, aumentando também face aos 25,7% registados em julho, e registou a taxa mais elevada desde outubro de 2017.
"A seca severa no sul de Angola, a pior em quatro décadas, e a fraca época de pescas na costa angolana exacerbaram o aumento da inflação nos preços dos alimentos", escreve-se na nota enviada aos clientes e a que a Lusa teve acesso.
Como o preço do petróleo deverá atingir o pico do ano no terceiro trimestre e a taxa de inflação deverá subir para 23,7%, acima dos 22,2% registados no ano passado.
No entanto, concluem os analistas, "os dados mais elevados que o previsto deverão motivar um aumento da projeção de inflação na próxima ronda de previsões".
A inflação em Angola manteve-se praticamente inalterada, subindo ligeiramente 0,03% em agosto face a julho, enquanto que os preços aumentaram 2,68% face a agosto do ano passado, para 26,09%.