Durante a sessão, contudo, o preço do barril chegou a evoluir acima dos 90 dólares, o que aconteceu pela primeira vez desde outubro de 2014.

O crude do Mar do Norte, de referência na Europa, concluiu o dia no International Exchange Futures a cotar 1,71 dólares acima dos 88,25 com que fechou as transações na terça-feira.

Os problemas de fornecimento que podem resultar das tensões no Médio Oriente e o nível de produção abaixo do esperado por parte dos membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e dos aliados – conjunto designado por OPEP+ - continuam a impulsionar a cotação do barril.

Com os riscos geopolíticos derivados da ameaça russa de invasão da Ucrânia também sob a atenção dos investidores, o Brent manteve a tendência para subir das últimas semanas, apoiada também pelas perspetivas de evolução positiva da procura, à medida que os países vão levantando as restrições socioeconómicas existentes para responder à pandemia do novo coronavirus.

A cotação do barril pode continuar a subir se o OPEP+, sob influência saudita e russa, não tomar medidas para cumprir os objetivos de aumento da produção, segundo analistas.

Ao mesmo tempo, estes alertam que a própria subida do preço do crude pode pesar sobre as economias dos países consumidores e começar a destruir a procura, o que, por sua vez, pode levar à baixa da cotação do barril.

“À medida que a inflação continua a devorar os rendimentos disponíveis dos consumidores, o aumento do custo do combustível e da energia pode não ser sustentável a médio prazo”, disse Fawad Razaqzada, economista da ThinkMarkets, à Efe.