"Devido à produção perdida no campo Dalia em fevereiro e março, prevemos que a produção petrolífera caia 1,6%, para 1,12 milhões de barris diários em 2023", lê-se num comentário aos mais recentes dados sobre o setor em Angola, que mostram uma recuperação da produção.
Na nota, enviada aos clientes e a que a Lusa teve acesso, o departamento africano da Oxford Economics estimam também uma redução do preço do barril do petróleo em 21%, para uma média de 80 dólares este ano, o que faz com que prevejam, por isso, uma redução nas receitas petrolíferas do segundo maior produtor da África subsaariana.
"Ainda assim, prevemos um abrandamento moderado no crescimento económico, de 3,3% em 2022, para 1,9% este ano, devido ao acréscimo de resiliência na atividade não petrolífera", lê-se no comentário.
A produção de petróleo em Angola continuou a recuperar em junho, depois de ter caído para o nível mais baixo de quase duas décadas em março, devido à paragem para obras de manutenção no poço Dalia, um dos maiores do país.
Angola conseguiu bombear 1,12 milhões de barris diários em junho, uma subida de 10 mil face aos valores de maio, mas continua a produzir abaixo do limite permitido pelo acordo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo, que permitia que o país lusófono produzisse mais 340 mil barris todos os dias.
O aumento da produção dos novos poços de petróleo e dos alargados, um processo concluído em 2021 e no início de 2022, ajudou a estabilizar a produção petrolífera no ano passado, mas a adição de nova capacidade, conclui a Oxford Economics, "tem sido quase que anulada pelas dificuldades operacionais que levaram a perdas de produção nos poços mais antigos".