Edson dos Santos, que falou à agência Lusa, à margem da Conferência Angola Oil and Gás, disse que a empresa espera fechar o ano com lucros acima de 50% dos 40 milhões de dólares (35,5 milhões de euros) obtidos em 2021.
Segundo o presidente do Conselho de Administração da Somoil, estão nesta altura em construção quatro postos de abastecimento de bandeira própria, dois na província de Luanda, um no Bengo e outro no município do Soyo, província do Zaire, região onde tem a maior representação.
“A nossa perspetiva é começar a vender oficialmente ao público no princípio do ano e continuar a crescer com o objetivo de termos 20 postos de abastecimento Somoil nos próximos três anos”, referiu Edson Santos, sublinhando que os postos de abastecimento terão uma característica fora do comum, porque vão funcionar à base de energia solar.
Edson Santos frisou que a produção da empresa mais do que duplicou, comparativamente ao ano passado, nos blocos em que opera, antecipando por isso “resultados financeiros muito positivos comparando com o ano anterior”.
“Mas mais do que os resultados, para a Somoil é também importante como os resultados são obtidos, muito trabalho à volta da área de compliance de proteção ambiental”, destacou.
Para os próximos anos, realçou o presidente da Somoil, o foco aponta para duas novas áreas de negócios, nomeadamente a distribuição e as energias renováveis, mais concretamente a energia solar.
De acordo com Edson Santos, a visão da Somoil é ser uma empresa integrada de energia de excelência, apostando além da exploração e produção de petróleo bruto, na distribuição e na energia solar, desse modo saindo “bastante do peso, primeiro, económico, e depois, ambiental, que representa o uso de geradores”.
“Estamos também focados em unidades fabris, muitas fábricas hoje dependem de energia de geradores para o seu funcionamento contínuo, a Somoil traz uma solução energética mais amiga do ambiente”, acrescentou.
Com uma força de trabalho direta de 270 pessoas e próximo de 400 subcontratados, o presidente da Somoil disse que a empresa está “em franca expansão”, além dos investimentos na distribuição, nas renováveis, continua também a crescer no ‘up stream’, o seu ‘core business’.
“Estamos num processo de algumas aquisições em blocos operados por terceiros, como é o caso do Bloco 14, operado pela Chevron, dos blocos 17/06, 18 e 31 operados pela BP”, disse Edson Santos, garantido a finalização ainda este ano da compra do Bloco 14, estando em processo de finalização os restantes blocos.
A Somoil é operadora do Bloco 2/05 e das associações FS-FST e detém participações em blocos não operados 3/05, 3/05A, 4/05/ 17/06, tendo a maior empresa petrolífera privada angolana uma quota de mercado de 3%.