Com a entrada em funcionamento da refinaria de Cabinda prevista para o final de 2024, Angola pretende reduzir significativamente a sua dependência da importação de produtos refinados. Esta iniciativa não só reforçará a segurança energética do país, como também criará milhares de postos de trabalho, estimulará as economias locais e reforçará a posição de Angola como um dos principais intervenientes no sector do petróleo e do gás da região.
A construção destas refinarias surge numa altura em que Angola está a procurar modernizar e diversificar a sua economia. Ao aumentar a sua capacidade de refinação, o país pode retirar mais valor das suas vastas reservas de petróleo bruto, processando-o internamente em vez de o exportar para refinação no estrangeiro. Espera-se também que as refinarias desempenhem um papel fundamental na satisfação da procura local de combustíveis, reduzindo a vulnerabilidade do país à volatilidade dos preços internacionais dos combustíveis e às perturbações no abastecimento.
Além disso, estes projectos fazem parte de uma estratégia mais vasta do Governo angolano para promover a industrialização e o desenvolvimento de infra-estruturas. As refinarias de Cabinda, Lobito e Soyo contribuirão para o crescimento económico, não só através do emprego directo, mas também atraindo investimentos em indústrias conexas, incluindo a petroquímica e a logística.
Através destes investimentos estratégicos, Angola está a preparar o caminho para um crescimento sustentável a longo prazo, aproveitando os seus recursos naturais para alimentar a expansão industrial e estimular o desenvolvimento económico em diversos sectores. Esta abordagem posiciona o país para capitalizar a sua riqueza em recursos, impulsionando uma transformação económica mais ampla e reduzindo a sua dependência dos mercados externos.