Atrasos na recepção das receitas fiscais podem retardar o pagamento de salários na função pública em Angola, admite o ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano, enquanto trabalhadores avisam que ninguém está preparado para uma situação semelhante à que se viveu em Maio.
O governo angolano cedeu à pressão social e começou a pagar os salários em atraso aos profissionais de saúde e aos professores a partir desta quarta-feira,14, confirmaram, à Voz da América, os respectivos sindicatos.
As centrais sindicais angolanas anunciaram hoje que vão remeter uma nota de protesto relativa ao aumento do salário mínimo nacional ao Presidente angolano por “não se reverem” na proposta do Governo e admitem uma “paralisação geral” caso não sejam atendidos.
O Executivo aprovou hoje, segunda-feira, o aumento do salário mínimo nacional e ajustamento dos ordenados da função pública, para conferir maior poder de compra aos angolanos.
O secretário-geral do da União Nacional dos Trabalhadores de Angola - Confederação Sindical (UNTA-CS) disse hoje, em Luanda, que um aumento do salário mínimo nacional aceitável não pode estar abaixo dos 100.000 kwanzas (167,5 euros).