As compras totalizaram 5,07 mil milhões dólares (4,4 mil milhões de euros), o que em relação ao semestre anterior, segundo o relatório de evolução cambial do Banco Nacional de Angola (BNA), traduz um aumento de 29,3%.
O setor petrolífero foi o maior provedor de moeda estrangeira para a banca angolana tendo disponibilizado 2,1 mil milhões de dólares (1,8 mil milhões de euros), mais do que no semestre anterior mas com uma queda face ao período homólogo.
O setor diamantífero foi o único que mostrou uma descida (menos 2,8%) em termos semestrais mas também o único que teve um aumento (mais 17,8%) em termos homólogos no montante de moeda estrangeira disponibilizada aos bancos comerciais, com 675 milhões de dólares.
Os outros setores da economia contribuirão com pouco mais de mil milhões de dólares, segundo os dados do BNA.
O Tesouro Nacional disponibilizou 924,5 milhões de dólares (menos 33,5% em comparação ao período homólogo de 2023).
De acordo com o relatório, o BNA, “de forma pontual”, colocou no mercado recursos na ordem dos 289,6 milhões de dólares, representando um aumento de 189,6 milhões de dólares face ao semestre anterior, mas menos comparativamente ao semestre homólogo.
Com a liberalização do mercado cambial, o BNA deixou de ser o principal provedor de moeda estrangeira, tendo as suas vendas representando, no período em análise, cerca de 5,7% do total comprado pelos bancos, refere-se na nota.
O BNA refere que “não obstante a venda de divisas dos bancos comerciais, observou-se um aumento da procura no segundo trimestre de 2024, o que terá influenciado no comportamento da taxa de câmbio”, com uma depreciação do kuanza face ao dólar no final do período em análise de 2,9%.
As reservas internacionais encerraram o semestre com um saldo de 14,4 mil milhões de dólares (12,9 mil milhões de euros ao cambio atual), equivalente a cerca de 7,2 meses de importações de bens e serviços.