Em entrevista ao Mercado, o gestor adianta que a fábrica, que irá criar, numa primeira fase 75 a 80 postos de trabalho e produzir cerca de 100 mil unidades por mês, vai servir para abastecer o mercado angolano, onde a marca está presente desde 2015, mas também outros países da SADC.
O objectivo, avança, é “conseguir um maior enquadramento e, com a fábrica já em funcionamento, oferecer um produto mais económico e acessível, dando depois o ‘salto’ para os países com parcerias comerciais com Angola, permitindo o crescimento da exportação, factor importante para o mercado nacional”, explica.
Na análise estratégica que fizemos, a presença forte em Angola é fundamental para desenvolver parcerias com os países que possuem políticas de intercâmbio comercial com Angola, tais como, Botswana, Zâmbia, Namíbia, RDC e África do Sul, para citar alguns exemplos”, acrescenta.
A ikimobile, que vê no País um “mercado estratégico”, tem como um dos parceiros principais na distribuição em Angola a Smartphone Lda.. Actualmente, avança Tito Cardoso, os produtos da marca encontram-se em diversas superfícies comercias, retalho e canal, mas também nas duas principais operadoras nacionais, a Unitel e a Movicel.
Telemóvel com cortiça chega em Maio
“Os modelos de maior destaque têm sido os EASY1.8, EASY2.4 e GO4.5, e durante o mês de Maio serão colocados novos equipamentos no mercado, como o GO5, GO5.5, incluindo os equipamentos com maior destaque internacional, o BLESS e o BLESS PLUS, que utilizam componentes em cortiça”, revela o gestor.
O CEO refere que a marca espera “em breve” estar presente em todo o território nacional, nomeadamente nas províncias, para “dar ao povo angolano um produto melhor e mais competitivo, garantindo a acessibilidade a um bem que, nesta fase, é já considerado de primeira necessidade”.
“Desejamos que as pessoas olhem para a ikimobile e sintam que esta marca faz parte do País, pois ela é também uma marca de Angola”, diz Tito Cardoso, que adianta que o o accionista de referência e um dos principais mentores do projecto “é um reconhecido empresário angolano, Fernando Ferreira, administrador do Grupo FF, composto por várias empresas que se dedicam aos mais diversos sectores de actividade que pautam pela inovação, assentam na contratação de mão-de-obra local e visam a exportação do produto e da imagem de Angola”. MERCADO