Contrariamente ao anúncio de venda feito em 2020, os hotéis sob tutela jurídica da Sonangol vão ser levados a concurso público para exploração e gestão privada, disse ontem o administrador do Instituto de Gestão dos Activos e Participações do Estado (IGAPE), Augusto Kalikemala, em webinar.

Segundo o gestor “houve um posicionamento estratégico naquilo que é a alienação dos activos e participações do Estado”.

Trata-se do Hotel Convenções de Talatona (HCTA), Suíte Maianga, Florença (Luanda) e o Riomar (Benguela), construídos com fundos da petrolífera nacional, que poderão ser explorados e geridos num período de 12 anos.

Sobre à mudança de opção, o responsável explicou que, na fase inicial, pretendia-se a venda dos imóveis, uma intenção que foi alterada após uma avaliação mais profunda e com ajuda de consultores, a nível superior.

“Foi decidido que face ao contexto da pandemia da COVID-19, os activos hoteleiros fossem à cessão de gestão”, concluiu o gestor acrescentando que ao invés de vender os imóveis, a Sonangol vai fazer a cessão para gestão e exploração, que é mais comum em termos do mercado hoteleiro.

Salientou ainda que as redes hoteleiras não compram os imóveis, mas aceitam fazer a gestão dos hotéis, sendo o modelo mais consentâneo em termos de gestão hoteleira nacional.