O Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) anunciou hoje que, com cinco milhões de votos escrutinados em todo o país, tem a "maioria qualificada assegurada" e a eleição de João Lourenço para Presidente da República.
A Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST) exortou hoje os políticos a "aceitarem tudo o que o povo livremente exprimiu nas urnas" e a trabalharem para que "a cultura da democracia seja o pão nosso de cada dia".
Na véspera das eleições angolanas que põem fim a um ciclo de governação de José Eduardo dos Santos que durou 38 anos, o Expresso entrevistou a especialista em Assuntos Africanos Ana Lúcia Sá. A mais que provável eleição do candidato do MPLA é “aguardada com grande expectativa”. João Lourenço é um “candidato consensual no interior” do partido, esperando-se que a sua eleição seja uma “janela de mudança na continuidade” que promova uma “abertura ao diálogo com os jovens descontentes, a sociedade civil angolana e o as diversas instituições políticas do país”
A coordenadora do mestrado em Estudos Africanos do ISCTE, Ana Lúcia Sá, disse hoje que não espera "surpresas" no resultado das eleições gerais angolanas, que deverão ser ganhas pelo MPLA, apesar de denúncias de viciação de resultados nas redes sociais.
Mais de um milhão e cem mil votos contabilizados dão ao MPLA 51 por cento dos votos, seguindo-se a UNITA com 36 por cento e a CASA-CE, em terceiro lugar, com 11 por cento. Estes resultados reflectem a contagem paralela efectuada pela UNITA, com base nas actas-síntese em sua posse.
Cerca de 1.300 eleitores de 15 assembleias de voto das províncias de Moxico, Luanda Norte e Benguela votam para as eleições gerais angolanas, realizadas na quarta-feira, apenas no sábado, divulgou hoje a Comissão Nacional Eleitoral (CNE).
É aos angolanos que cabe definir os principais desafios que se colocam a Angola mas como membro de um partido solidário com a luta do povo angolano, primeiro contra o colonialismo português, depois em defesa da independência e pela edificação do seu Estado soberano adianto três questões a meu ver decisivas para o futuro de Angola.
Por Albano Nunes
Os partidos da oposição criticaram hoje as declarações do secretário para os assuntos eleitorais do MPLA, João Martins, onde este afirma que a vitória do seu partido nas eleições gerais de ontem "é inequívoca", alertando para o facto de a Comissão Nacional Eleitoral (CNE) não ter ainda divulgado quaisquer resultados.
Maior partido da oposição angolana indica que casos ocorreram em três bairros da cidade do Huambo.
Os angolanos manifestam-se hoje ansiosos com os resultados das eleições gerais realizadas na quarta-feira, que continuam por anunciar, pedindo lisura, transparência e um clima de normalidade e estabilidade para os próximos cinco anos.