De acordo com uma nota a que agência Lusa teve hoje acesso, a recuperação desta verba ocorreu na sequência da fiscalização das obras do novo aeroporto de Luanda feita pelo Ministério dos Transportes e devidamente publicitada.
O processo de inquérito instaurado na Direção Nacional de Prevenção e Combate à Corrupção da PGR resultou na recuperação dos 286.462.201,66 de dólares (cerca de 253,4 milhões de euros), refere o documento, salientando que o valor recuperado já se encontra depositado numa conta do Estado angolano.
"O processo de inquérito prossegue a sua tramitação legal com vista ao apuramento de responsabilidades", conclui a nota sem mais detalhes.
As obras de construção do novo aeroporto internacional de Luanda iniciaram em 2004, com empreiteiros chineses e financiamento da China, mas a sua conclusão está atrasada, tendo recentemente o Governo angolano anunciado a reformulação do projeto.
Em março, o executivo informou que as obras vão ser submetidas a correções de engenharia e funcionalidade, para adequar a estrutura aos padrões de modernidade, inovação e de conforto dos passageiros.
Segundo o ministro dos Transportes angolano, Ricardo de Abreu, as correções ao projeto, a decorrer até 2022, serão lideradas por uma comissão técnica, a indicar.
"Estamos a falar de um projeto que começou há dez anos, cuja concessão também é muito antiga", afirmou Ricardo de Abreu, aludindo à obra em edificação na comuna de Bom Jesus, no município de Icolo e Bengo, a 30 quilómetros de Luanda, capital do país.
Os vários contratos públicos envolvendo obras do novo aeroporto internacional de Luanda e acessibilidades rodoviárias estão avaliadas em mais de 5.000 milhões de dólares (cerca de 4.350 milhões de euros).
O Governo angolano prevê que o novo aeroporto internacional de Luanda posssa acolher até 15 milhões de passageiros por ano.