A informação foi hoje avançada pelo presidente do conselho de administração da Agência Nacional de Petróleo e Gás (ANPG), Jerónimo Paulino, quando fazia o balanço de um ano de atividade daquela instituição.
Em outubro de 2019, foi lançado o concurso de licitações de nove blocos da Bacia do Namibe e um bloco na Bacia de Benguela, que resultou na receção de propostas para os blocos 27, 28 e 29 da Bacia do Namibe, pelas empresas Sonangol, Total e ENI.
Em declarações à imprensa, Jerónimo Paulino disse que o órgão de tutela da agência tem que aprovar a procura de novos investidores, tendo em conta que houve “uma licitação dentro de determinado período”.
“Fora desse período temos que obter a aprovação do ministério, mas é uma coisa simples, não há complicação”, disse o responsável, avançando que esta procura não implicará necessariamente a realização de novos ‘roadshows’.
Segundo o presidente da ANPG, as empresas continuam a avaliar o potencial da bacia e após a sua avaliação deverão manifestar interesse em entrar para esses blocos.
Jerónimo Paulino disse ainda que a ocupação de apenas 50% dos blocos disponíveis “é natural”, por se tratar de áreas de fronteira, ou seja, sem informação suficiente, “pouco explorada, com poucos dados”.
“Os operadores compram a informação para fazer a avaliação. Alguns deles tiveram tempo de avaliar a informação e concorrer, como é o caso da Exxon Mobile, da Total, ENI e Sonangol. Todos os operadores continuam a avaliar. Significa que vai haver no futuro manifestação de interesse ou não para a entrada de novos operadores”, frisou.
O responsável anunciou que, nesta altura, já há a manifestação de interesse de mais um operador para a Bacia do Namibe.
Por sua vez, a administradora da ANPG, Natacha Massano, disse que os blocos que receberam propostas encontram-se em fase de negociação.
Natacha Massano salientou ainda que, em 2019, como parte da estratégia de atribuição de concessões, foram também negociados de forma direta com a Exxon Mobile três blocos na bacia do Namibe.
“Foram negociações diretas, que faziam parte da estratégia de atribuição de concessões para a Bacia do Namibe. Estou-me a referir aos blocos 30, 44 e 45. Para esses blocos, neste momento o contrato de serviço com risco está a aguardar apreciação da Assembleia Nacional, uma vez que foram solicitados incentivos fiscais que deverão merecer a sua validação”, disse.
De acordo com a responsável, na realidade estão em fase de negociação seis blocos na Bacia do Namibe.