Segundo o comunicado de imprensa do Departamento de Estado dos EUA, a "declaração clarifica os riscos específicos associados ao fabrico de produtos que utilizam minerais extraídos, transportados ou exportados do leste da RDCongo, através do Ruanda e do Uganda".
Os EUA alertam para o papel que o comércio ilícito e a exploração de certos minerais, incluindo o ouro e o tântalo extraídos de forma artesanal e semi-industrial, da região africana dos Grandes Lagos, continuam a desempenhar no financiamento de conflitos.
"Em muitos casos, estes minerais beneficiam direta ou indiretamente os grupos armados e saem do leste da RDCongo através do Ruanda e também do Uganda, antes de seguirem para os principais países de refinação e transformação", indicaram os EUA.
Estas cadeias de abastecimento facilitam a exploração e a tributação ilícitas destes minerais, envolvendo frequentemente atos de corrupção, declararam.
"Com o passar do tempo, algumas empresas parecem ter diminuído a sua atenção relativamente a uma auditoria devida e significativa nas cadeias de abastecimento de minerais desta região", alertaram.
"A Declaração de Preocupação reflete o incentivo do Governo dos EUA a uma maior transparência e identifica os quadros de diligência devida, tais como as orientações emitidas pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), que sugerem que o setor privado efetue uma vigilância devida e reforçada", concluíram.
Desde 1998, o leste da RDCongo, país que faz fronteira com Angola, está mergulhado num conflito alimentado por milícias rebeldes e pelo exército, apesar da presença da missão de manutenção da paz da ONU (MONUSCO).