O Serviço de Investigação Criminal apreendeu também, aos supostos autores do hediondo crime, a quantia de sete milhões e 100 kwanzas, quatro viaturas, sendo uma de marca Jaguar, XF-R marron LD-22-02-GH, Toyota Prado, bege, LD-39-07-BZ e o Hyundai I10 marron LD-14-98-GJ. Duas armas de fogo tipo pistola, três telemóveis Samsung Galaxy S-6 e Iphone-X.
“O Edson é o autor moral do rapto que culminou com o assassinato de Osvaldo Narciso. Ele já conhecia o malogrado há alguns anos, por isso teve a possibilidade de vigiar os seus passos e planificar o roubo da viatura de marca Jaguar, para presentear à namorada”, disse Sílvio Massango à imprensa presente nas instalações do Serviço de Investigação Criminal.
Edson Fútila confessou que comprou uma arma de fogo no valor de 80 mil kwanzas, pagos em prestações ao agente da Polícia Nacional Evânio Pontes, enquanto Amadeu Joaquim, outro elemento arrolado no processo, fez o papel de intermediário, numa acção criminosa que foi arquitectada em Dezembro passado.
Após um estudo da rotina da vítima, os agressores interceptaram o jovem Osvaldo Narciso no interior do condomínio Dolce Vita, onde guardava as suas viaturas, tendo-o imobilizado com coronhadas à cabeça, e acto contínuo injectado a seguir electrólito e asfixiado com atacadores dos seus próprios sapatos até à morte.
Em seguida, introduziram o corpo de Osvaldo na parte traseira da viatura Toyota Prado, também pertença da vítima, levando-o para os arredores do Kikuxi onde abandonaram o cadáver. O objectivo era desfazer-se dele atirando-o ao rio, mas por desconhecerem o caminho que ia dar ao local escolhido, engendraram outra acção.
Pelo caminho, os supostos criminosos compraram cinco litros de gasolina que despejaram sobre o corpo do malogrado, mas não atearam fogo porque não dispunham de fósforos no momento. De regresso, abandonaram o Toyota Prado do malogrado nos arredores do Estádio 11 de Novembro.
A bordo de um táxi, Edson Fútila e Sílvio Massango voltaram ao condomínio Dolce Vita, para retirar a viatura Hyundai i10 e o Jaguar XF-R, que tanto cobiçava. Levou o reluzente automóvel para a casa da namorada, que apresentou como sendo sua, o que terá causado incredulidade à jovem que questionou ao namorado a origem do meio rolante topo de gama.
No interior do Jaguar XF-R, havia oito milhões de kwanzas e deste montante, Edson Fútila entregou a Sílvio Massango um milhão de kwanzas, com o qual este comprou um telemóvel Iphone X 10, última versão da Apple.
Ao ouvir as notícias sobre o desaparecimento do jovem Osvaldo, Sílvio desligou o telefone, mas afirmou que viu o Edson, a circular pelas ruas de Luanda com o Jaguar roubado.
Segundo afirmou, Edson Fútila ligou para a família do malogrado para avisar que comprou o Jaguar do mesmo, o que levantou suspeita, numa altura em que a esposa da vítima preocupada com a ausência e falta de comunicação com o esposo, comunicou às autoridades o seu desaparecimento e a corporação deu início às diligências para localizar a vítima.
De imediato, operativos do Serviço de Investigação Criminal iniciaram as buscas para a localização da viatura Toyota Land Cruiser Prado, encontrada 48h depois e de seguida, o cadáver na zona do Kikuxi, arredores de Viana, em Luanda. JA