O FSDEA foi criado em 2012 pelo Governo angolano, tendo atingido quatro anos mais tarde a dotação prevista de 5.000 milhões de dólares (4.225 mil milhões de euros), com parte das receitas petrolíferas angolanas, mas desde 2014 que não recebe transferências.
De acordo com o presidente do conselho de administração, José Filomeno dos Santos, os resultados do segundo trimestre de 2017 "confirmam um bom equilíbrio entre o crescimento e a rentabilidade" nos investimentos feitos pelo FSDEA.
"Estou muito contente com o resultado alcançado num período tão curto de tempo. Continuamos a registar uma apreciação contínua da carteira de private equity. Os ganhos de capital que continuamos a realizar são um testemunho do progresso inquestionável na implementação da política de investimento do FSDEA definida pelo Governo de Angola", apontou José Filomeno dos Santos.
De acordo com os dados hoje transmitidos ao mercado, 48% da carteira total de investimentos do FSDEA - totalmente detido pelo Estado angolano - foi dedicada a ativos na África subsaariana, 28% na América do Norte, 18% na Europa e 6% no resto do mundo.
A carteira de investimentos líquidos obteve no período um resultado bruto de 67,27 milhões de dólares (56 milhões de euros)
"É essencial investir de forma prudente e apoiar o desenvolvimento do setor não petrolífero nacional, para contrabalançar o ambiente macroeconómico desafiante, a nível nacional e internacional", sublinhou José Filomeno dos Santos.
O FSDEA tem investimentos nas infraestruturas, hotelaria, silvicultura, agricultura, saúde e mineração no continente africano e no primeiro semestre de 2016 adquiriu a concessão de sete fazendas de larga escala em Angola, que se encontram em fase de avaliação, compreendendo aproximadamente 72.000 hectares de terreno agrícola dedicado à produção de grãos, arroz e oleaginosas.
Também está a investir na construção do porto de águas profundas de Cabinda, enclave a norte de Angola.