João Melo, que falava hoje no ato central alusivo do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, disse, no entanto, ser "compromisso" da tutela trabalhar para que os "progressos e melhorias" no domínio da liberdade de imprensa em Angola "sejam constantes e notáveis".
"Para já, não houve tempo para isso, porque na vida da Humanidade os processos históricos, sociais, políticos e económicos levam, necessariamente, tempo, mas já houve tempo, sim, para que os progressos no domínio da liberdade de imprensa em Angola sejam inegáveis" disse.
Segundo o governante, desde a tomada de posse do Presidente angolano, João Lourenço, a 26 de setembro de 2017, o Governo e a sociedade trabalham juntos para "gradualmente e realisticamente irem introduzindo mudanças e melhorias inegáveis" no domínio da liberdade de imprensa em Angola.
Para João Melo, as melhorias registadas, em pouco menos de dois anos, "são inegáveis", um cenário, frisou, que é "reconhecido pela sociedade a todos os níveis e em várias ocasiões desde os cidadãos comuns a cidadãos com outro nível de responsabilidade".
"Esse reconhecimento também surge de organizações e entidades internacionais que se dedicam a analisar o estado da informação e da liberdade de imprensa no mundo", apontou.
Aludindo ao relatório da organização Repórteres Sem Fronteiras, divulgado em abril, que coloca Angola na 109ª posição com o país, o pior dos lusófonos, a subir 12 lugares no ranking mundial, graças à entrada do novo Presidente angolano, João Melo disse que nesse período Angola "melhorou um pouco mais".
Porque, explicou, a organização - Repórteres Sem Fronteiras - "talvez por falta de informação baseou-se ainda em critérios que na verdade não estão a ser praticados em Angola, embora existam na lei, como os limites financeiros para a criação de novos órgãos".
"Por outro lado, o universo de meios que essa organização analisou também está longe de constituir a totalidade dos meios que compõem hoje o sistema de comunicação social em Angola, deixando de fora meios que estão a ter um papel importante no panorama de media do nosso país", referiu.
Manifestou-se igualmente satisfeito pelas "melhorias por todos reconhecidas", garantindo, contndo, "muito trabalho" para que sejam atingidos "saltos ainda maiores do que aqueles dados desde as eleições de 2017".
O Dia Mundial da Liberdade de Imprensa celebra-se nesta sexta-feira, 03 de maio, sob o lema "Media para a Democracia, Jornalismo e Eleições em tempos de Desinformação".