Em declarações à agência Lusa, a responsável para a comunicação e marketing da CASA-CE, Cesinanda Xavier, disse que a eleição ocorreu hoje numa reunião do colégio presidencial da segunda maior força da oposição política angolana, que não contou com a presença do líder demissionário, André Mendes de Carvalho "Miau".
Segundo Cesinanda Xavier, as abstenções vieram do Bloco Democrático, presidido por Justino Pinto de Andrade, e do Partido de Apoio para a Democracia e desenvolvimento de Angola - Aliança Patriótica (PADDA-AP), de Alexandre Sebastião André, partidos não subscritores da carta que pedia André Mendes de Carvalho "Miau" para colocar o seu cargo à disposição, por alegado fraco desempenho na coligação, o que cumpriu na passada sexta-feira.
Cesinanda Xavier disse que a reunião decorreu sem qualquer constrangimento, salientando que o ato de tomada de posse está marcado para esta sexta-feira, cerimónia que deverá contar com a presença de André Mendes de Carvalho "Miau".
Para Cesinanda Xavier, a escolha de Manuel Fernandes para dirigir a coligação foi a melhor, apontando como primeiro desafio a reorganização da casa, para colocar "a máquina a funcionar, para estar preparada para as eleições autárquicas e as eleições gerais".
Manuel Fernandes, em declarações à rádio pública angolana, disse que foi "um exercício democrático", esperando-se para os próximos tempos, "uma CASA-CE dinâmica, uma CASA-CE que todo o povo conhece, aquela que está junto do eleitorado e junto do cidadão".
Até sexta-feira passada, a CASA-CE foi liderada por André Mendes de Carvalho "Miau", que deixou o cargo a pedido de quatro dos seis partidos que integram a coligação, rejeitando os argumentos apresentados para a exigência da sua saída.
A CASA-CE foi criada em 2012, tendo como primeiro líder Abel Chivukuvuku, até fevereiro de 2019, quando foi destituído do cargo por alegada falta de confiança entre os seus parceiros, sendo substituído no cargo por André Mendes de Carvalho "Miau", que iniciou funções em maio de 2019.