“Na madrugada desta segunda-feira, isto é, pelas 03:04, um ataque levado a cabo por Comandos do Grupo 18, juntamento com as tropas especiais do CEMG [chefe do estado-maior general, Paulo Certeza] 'Kiedika', das Forças Armadas Cabindesas (FAC), resultou na morte de sete soldados das FAA e vários feridos no Tando Bilala, perto de Tchitanzi, zona de Lico, junto da fronteira com a República do Congo”, escreveram num comunicado enviado à Lusa.
Na nota, as Forças Armadas Cabindesas (FLEC/FAC) acrescentam que recuperaram uma arma e várias munições “abandonadas pelo inimigo”.
Nenhuma fonte das FAA confirmou a ocorrência destes confrontos militares com a FLEC.
A FLEC/FAC referiu também que se observa “muita movimentação das tropas congolesas vindas para apoiar os colegas do Exército angolano junto da fronteira”.
“Cabinda está ocupado ilegalmente e as nossas forças continuam e continuarão a defender o nosso território até que Angola venha assumir diálogo franco e de forma inclusiva” com a FLEC/FAC e a sociedade civil “que compõe os verdadeiros filhos da terra”, concluem.
A província angolana de Cabinda, onde se concentra a maior parte das reservas petrolíferas do país, não é contígua ao restante território e desde há anos que líderes locais defendem a independência, alegando um passado colonial autónoma de Luanda.
A FLEC, através do seu "braço armado", as FAC, luta pela independência daquela província, alegando que o enclave era um protetorado português, tal como ficou estabelecido no Tratado de Simulambuco, assinado em 1885, e não parte integrante do território angolano.
Cabinda é delimitada a norte pela República do Congo, a leste e a sul pela República Democrática do Congo e a oeste pelo Oceano Atlântico.