Em declarações à ANGOP, o político Pedro Gomes, um dos concorrentes à Presidência da organização, reconheceu a derrota e manifestou a sua esperança no processo de reconciliação interna.
“Estes é o nosso objectivo, para que se organize e prepara, devidamente, os embates que termos pela frente, como as eleições gerais e autárquicas”, disse.
Referiu ainda que existem muitos jovens que apoiam a formação política que participam activamente nas suas actividades, masque até ao momento o problema tem sido a sua valorização no seio da FNLA.
De igual modo, ressaltou como sendo importante lutar pela condição da situação feminina na FNLA, sendo esta uma oportunidade para a nova direcção ver todos estes aspectos.
De acordo com Ndonda Nzinga, um dos delegados ao Conclave, com esta eleição a FNLA sai mais fortalecida e preparada para os desafios que se avizinham.
“Vamos avançar para os desafios relativos às eleições gerais onde vão constatar uma FNLA devidamente renovada, e poderão ver que o sentido dos resultados eleitorais em 2022 serão ascendentes”, frisou.
Para Ndonda Nzinga, a candidatura de Nimi a Simbi, um dirigente ligado a Ngola Kabangu, ex-preidente do partido e que se encontra de costas viradas com o líder cessante, Lucas Ngonda, demonstra a "engenharia política” empreendida para "sanear” um conflito de mais de duas décadas.
"Não foi fácil”, admitiu o político, informando que foram necessárias "reflexões profundas e ensaiar uma série de fórmulas, até encontrar-se esta que é a melhor”, disse.
Na ocasião, anunciou que esta formação partidária tem traçada uma estratégia eleitoral visando recuperar o prestígio granjeado.
Disse, por outro lado, esperar que o novo presidente da FNLA cumpra com o prometido na sua alocução de apresentação aos delegados o seu plano de acção, o qual tem como prioridade a aposta na juventude.
Entretanto, o delegado Junqueira Júnior augura que o novo presidente trabalhe no sentido de reagrupar todos os militantes do partido e reconquistar aqueles que, por uma razão ou outra razão, abandonaram a militância.
“Temos no futuro a missão de recuperar os militantes que andam perdidos e que sejamos uma força capaz de enfrentar os desafios das futuras eleições gerais”, sustentou.
O novo presidente da FNLA, Nimi a Simbi, foi deputado à Assembleia Nacional, de 2008 a 2012, altura em que exercia o cargo de vice-presidente da ala de Ngola Kabangu.
Concorreram ao cargo cinco candidatos, designadamente Lucas Benghy Ngonda, Nimi a Simbi, Fernando Pedro Gomes, Tristão Ernesto e Carlito Roberto, num evento que decorreu sob o signo da reunificação e harmonização do partido, segundo declarações de vários participantes.