“Estamos em pleno ano eleitoral, pois que, por força da Constituição, as eleições gerais serão realizadas em agosto do corrente ano, elas vão ser organizadas de tal modo para que sejam livres, justas, transparentes e abrangentes”, afirmou hoje o ministro de Estado e Chefe de Casa Militar do Presidente angolano, Francisco Pereira Furtado.
O governante, que presidia hoje, na província angolana da Lunda Sul, às celebrações do 61.º aniversário de início da luta armada de libertação nacional, exortou também todos os cidadãos elegíveis a efetuarem o registo eleitoral.
As próximas eleições gerais de Angola, as quintas desde 1992, estão previstas para a segunda quinzena de agosto de 2022, como estabelece a Constituição angolana revista.
Angola assinala o 61.º aniversário do início da luta de libertação nacional em homenagem aos nacionalistas angolanos que em 04 de fevereiro de 1961 atacaram cadeias e casas de reclusão, em Luanda, para libertar presos políticos do regime português.
Francisco Pereira Furtado, que discursava em representação do Presidente angolano, João Lourenço, assinalou que a “bravura, a coragem e determinação dos heróis do 04 de Fevereiro” contribuíram para a afirmação do nome de Angola no concerto das nações.
Esta luta, considerou, permitiu ainda que Angola viva hoje num “momento de paz e de estabilidade”, condição fundamental “para o desenvolvimento económico, social, cultural e humano” do país, disse.
Os acontecimentos que marcaram o início da luta de libertação nacional em Angola “devem constituir uma verdadeira herança para a atual geração de modo a se consolidar o patriotismo, a unidade nacional, o Estado democrático e de Direito e o bem-estar comum dos angolanos”, acrescentou.
“Angolanos de mãos dadas para o futuro” é o lema das celebrações do 04 de fevereiro de 2022.
No entender do governante, a maior expressão de gratidão aos heróis nacionais de devoção à pátria, “sobretudo por parte dos jovens”, deve ser a “entrega aos estudos, à formação profissional, ao trabalho e ao respeito da lei e das normas morais de boa convivência social”.
Para o ministro de Estado angolano, o reconhecimento aos heróis também se deve manifestar nas atitudes “para a preservação da independência e unidade nacional”.
“O que nos une de Cabinda ao Cunene e do mar ao leste é superior às pequenas diferenças políticas que nos separam”, observou.
Terminada a luta de libertação nacional, nos campos de batalha, notou, “ela hoje continua noutros campos, noutras frentes, mas sempre em busca dos mesmos objetivos que nortearam as batalhas anteriores, o bem-estar do povo angolano”.
A luta pelo combate à fome e a pobreza, erradicação do analfabetismo, garantia de ensino universal e de qualidade e de se vencer o desafio de assegurar o acesso aos cuidados de saúde de qualidade e outros constituem algumas das atuais batalhas, enumerou.
“O executivo angolano está empenhado na estabilização da economia e no melhoramento dos índices macroeconómicos. Para que ela volte a crescer, precisamos diversificar a nossa economia para que ela não seja dependente do petróleo, precisamos aumentar a produção nacional e diminuir a dependência da importação de produtos”, frisou o governante.
Angola “precisa hoje de melhorar as condições para a atração do investimento privado, para que os angolanos invistam na sua terra” e os estrangeiros vejam Angola “como um lugar atrativo para fazerem negócios”, acrescentou.
“Só assim teremos um setor privado forte, capaz de criar empregos para que os angolanos, cada um de nós, possam viver e sustentar a sua família com dignidade”, assinalou o governante.
Segundo Francisco Pereira Furtado, Angola precisa de vencer igualmente a “luta pela moralização da sociedade”: “Precisamos que todos, e cada um de nós individualmente, encarem a coisa pública como um bem coletivo de todos, que deve ser bem cuidado e utilizado em benefício de todos os angolanos”.
O também coordenador da Comissão Interministerial de Prevenção e Combate à covid-19 exortou ainda os cidadãos a aderirem à vacinação.