Candidato à liderança do PRS quer seriedade nas eleições

Post by: 30 August, 2024

O candidato a presidente do Partido de Renovação Social (PRS), Sapalo António, condicionou a sua participação ao V Congresso, previsto para Outubro do ano corrente, à criação de condições que garantam seriedade no processo de renovação de mandatos.

Falando à imprensa, em reacção à validação da sua intenção de candidatar-se à liderança do PRS pelo Tribunal Constitucional, tornado público pela Comissão Preparatória (CP) ao conclave, o político admitiu a possibilidade de não se candidatar, sob a acusação de que o processo estaria imbuído de vícios.

Referiu que não estão reunidas as condições exigidas por lei, emanadas nos Estatutos Internos, na Lei dos Partidos Políticos e na Constituição da República.

O membro fundador do PRS acusou o presidente cessante do partido de ter nomeado uma Comissão Política comprometida com a sua estratégia de realizar "um congresso de candidato único”.

O político chamou Benedito Daniel de “ganancioso e ditador, cujo maior intuito é de se perpetuar na liderança da formação política”.

Sapalo António foi ainda mais longe, acusando Benedito Daniel de ter alterado os mandatos de quatro para seis anos e fabricado processos disciplinares contra membros do PRS que não concordam com os seus métodos autocráticos.

“Imbuído do espírito ganancioso e ditatorial, logo nos primeiros dias do seu consulado, Benedito Daniel começou por falsificar o período de mandato dos órgãos sociais, e como se não bastasse usou a competência pessoal para exonerar secretários provinciais eleitos em conferências provinciais”, acusou.

Acrescentou que o actual líder do PRS de substituir os membros do Comité Nacional no Congresso de 2017 por pessoas sem o tempo exigido de militância.

"Benedito Daniel nunca quis realizar eleições de renovação de mandatos previstos nos estatutos, e colocou em causa a transparência e lisura do processo, nomeando o secretário provincial de Cabinda para dirigir a Comissão Preparatória ao V Congresso. E por essa razão, inventou o fantasma de candidatura única da base ao topo, e de forma atabalhoada tentou organizar um congresso à sua medida, à margem dos estatutos, leis e Constituição”, asseverou

Sublinhou que se for intenção construir um PRS grande, “é necessário respeitar os estatutos e as pessoas. “Quem conheceu o PRS no passado, verá que o mesmo está vazio”, acentuou.

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