Nina Maria Fite já exerceu funções anteriores em Angola onde ocupou a posição de chefe da secção político/económica na embaixada dos Estados Unidos.
A diplomata exerce actualmente funções de cônsul dos Estados Unidos em Montreal no Canadá onde foi colocada em 2014, tendo já trabalhado em sete missões diplomáticas americanas no estrangeiro, incluindo Portugal. Nina Maria Fite fala português, francês, espanhol e húngaro. A sua nomeação terá que ser confirmada pelo Senado.
Sobre as eleições angolana, o Departamento de Estado (EUA) está, na sua postura perante o impasse pós-eleitoral em Angola, focado em evitar que a situação degenere numa crise política, institucional e, potencialmente, de segurança interna. Segundo fontes diplomáticas, o Departamento de Estado reserva qualquer pronunciamento sobre os resultados das eleições gerais de 23 de agosto apenas para depois da divulgação dos resultados definitivos, e aposta numa solução negociada entre o MPLA, que reclama vitória por maioria qualificada, e os partidos da oposição, que rejeitam os resultados provisórios.
A Embaixada dos EUA em Luanda, na pessoa da própria embaixadora cessante, Helen La Lime, está a centralizar a recolha de dados do terreno e acompanhamento do processo de contagem dos resultados finais. Fontes diplomáticas avançam que o pessoal da embaixada dos EUA tem feito visitas regulares à CNE, concluindo desde já que o processo pecou por falta de transparência. Está previsto que os contactos venham a ser estendidos nos próximos dias aos partidos da oposição.
Também a UE mantém uma equipa de peritos no terreno, a recolher dados e acompanhar o processo, considerado de risco acrescido devido à actual crise económica, fragilidades institucionais, entre outros factores.
Na contagem provisória, o MPLA lidera a contagem de voto nas 18 províncias com 61, 05 por cento, a UNITA com 26, 72, A CASA CE com 9,49, PRS com 1,33, FNLA com 0,91 e APN com 0,50
As eleições de 23 de Agosto contaram com a participação de cinco partidos e uma coligação, nomeadamente MPLA, UNITA, CASA-CE, FNLA, PRS e APN, sendo que os resultados provisórios nacionais actualizados, disponibilizados pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE) de Angola colocam o MPLA em primeiro lugar, com 61,05 por cento dos votos.
Com maioria qualificada, o partido no poder em Angola vê, assim, eleitos os seus candidatos a Presidente e Vice-Presidente da República, João Lourenço e Bornito de Sousa, respectivamente, bem como 150 dos 220 deputados à Assembleia Nacional.
Na segunda posição, surge o partido liderado por Isaías Samakuva, a UNITA, com 26,72 por cento dos votos escrutinados, o que lhe confere 51 por cento dos 220 deputados eleitos.