MPLA acusa oposição de apresentar discursos populistas e promessas vazias

Post by: 21 May, 2025

O MPLA acusou esta quarta-feira, em Luanda, os partidos da oposição de não apresentarem soluções concretas para a resolução dos problemas do país, apenas promessas vazias.

O presidente da bancada parlamentar do partido no poder, Reis Júnior, exortou o executivo angolano a intensificar as ações para garantir uma gestão financeira rigorosa, com a “eliminação de desperdícios e combate implacável” da corrupção, pedindo-lhe ainda transparência na prestação de contas à sociedade.

Neste momento, o desafio é fazer mais e melhor. Neste sentido, exortamos o executivo a continuar e a intensificar as ações que visam garantir uma gestão financeira rigorosa, eliminado o desperdício de recursos e combatendo implacavelmente a corrupção”, afirmou o presidente do grupo parlamentar do MPLA, Joaquim Reis Júnior.

O deputado que apresentou a declaração política do seu partido, na abertura da reunião plenária de hoje, no parlamento angolano, referiu também que um governo “não se mede apenas pelos recursos que mobiliza, mas pela eficiência com que os aplica” e "pela transparência com que presta contas à sociedade”.

Falando na reunião onde é apreciada a Conta Geral do Estado (CGE) referente ao exercício económico de 2023, Reis Júnior, realçou, por outro lado, que a execução orçamental “não é um mero trâmite burocrático” e sim "a materialização das políticas públicas que impactam diretamente na vida dos cidadãos”.

O presidente do grupo parlamentar do MPLA criticou também os “discursos populistas e promessas vazias” da UNITA (oposição) e garantiu que o seu partido vai lutar com todas as suas forças para defender o “valor maior, inestimável e insubstituível” da democracia.

Reis Júnior disse que há partidos e lideranças que fogem ao debate honesto no parlamento e “querem vencer pelo caos”, optando “pelo caminho fácil do populismo, da desinformação e do ataque sistemático às instituições”.

Trocam factos por palavras de ordem simplistas, espalham mentiras como se fossem verdades e alimentam o descrédito contra a classe política da qual fazem parte, contra o parlamento onde têm assento”, afirmou o político do MPLA, aludindo à UNITA, maior partido na oposição.

Reis Júnior disse ainda que a oposição não apresenta soluções concretas para a resolução dos problemas do país, mas antes “difama adversários” e “quando perde nas urnas ou nas votações, ao invés de aceitarem pacificamente o resultado, preferem incendiar as ruas e semear a desordem”.

“Isso não é política, é desrespeito. Desrespeito pela democracia, pelo Estado de direito e desrespeito pelo povo que nos elegeu. Quando transferimos discussões complexas para fóruns impróprios, corremos o risco de substituir a razão pela emoção”, vincou.

Criticou também o “debate pela gritaria e a lei do mais barulhento”, que para o político do MPLA, tem sido prática da oposição, sobretudo da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA, maior partido na oposição), a nível da Assembleia Nacional (parlamento).

E se quisermos proteger e reforçar a nossa democracia e as suas instituições, que muito sangue, suor e lágrimas custaram aos angolanos, esse não é, seguramente, o caminho a seguir”, referiu, observando que uma democracia “não se constrói com arruaças”.

A ausência de sentido de Estado “desqualifica-nos quando pretendemos ser poder. Por mais força se que se tenha, por mais alto que se fale ou se grite, por mais confusão que se faça, se não se tem sentido de Estado, dificilmente se deixa de ser oposição”, insistiu o presidente do grupo parlamentar o MPLA, garantiu ainda, na sua intervenção, que a democracia “será sempre um valor maior, inestimável e insubstituível pelo qual o seu partido vai lutar e defender com todas as suas forças”.

A Assembleia Nacional aprecia hoje o relatório de execução da Conta Geral do Estado referente ao exercício económico de 2023.

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Last modified on Wednesday, 21 May 2025 18:38
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