Em comunicado divulgado hoje na página da internet do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) refere que a aeronave descolou do Dubai e chegou a Luanda na manhã deste domingo com comida, água e diverso material para auxiliar os refugiados.
"O avião transportou 3.500 folhas de plástico, 100 rolos de plástico para providenciar abrigo durante a estação da chuva, 17.000 tapetes de dormir, 16.902 mantas térmicas, 8.000 redes mosquiteiras, 3.640 conjuntos de cozinha, 8.000 jerricãs e 4.000 baldes de plástico", refere a nota, acrescentando que o ACNUR "vai levar mais material de socorro nos próximos dias".
O "conflito brutal" na região anteriormente pacífica de Kasai, na República Democrática do Congo, já fez deslocar mais de um milhão de civis do interior do país, desde que a violência teve início, em meados de 2016.
A assistência humanitária será prestada às pessoas que recentemente chegaram à região de Dundo, onde os refugiados foram sendo instalados em centros de acolhimento improvisados, desde o início de abril.
Os refugiados, incluindo cerca de 4.000 crianças, chegam exaustos, muitos com sinais visíveis de violência, e trazendo muito poucos recursos com eles, revela o ACNUR.
As condições nos centros de acolhimento, "superpovoados, são extremamente pobres".
"Os que chegam necessitam urgentemente de assistência vital, incluindo alimentos, água, abrigo e serviços médicos", afirmou Sharon Cooper, representante regional do ACNUR para a África Austral, acrescentando que o ACNUR está ainda a tentar encontrar alimentos localmente "para apoiar as pessoas mais vulneráveis, incluindo crianças, mulheres grávidas e idosos".
A nota indica que uma equipa de emergência do ACNUR está presente, tanto em Luanda como em Dundo, "para responder às necessidades dos refugiados" e "para coordenar a resposta de socorro com o Governo, as autoridades locais e os parceiros no terreno".
Angola acolhe atualmente cerca de 56.700 refugiados e requerentes de asilo, dos quais cerca de 25.000 são da República Democrática do Congo.
LUSA