De acordo com o defensor oficioso dos arguidos, Teixeira Mundo Acácio, a soltura foi ordenada pelo Tribunal Supremo, por falta de prova dos crimes pelos quais os arguidos haviam sido indiciados.
Disse que enquanto defensor oficioso, fez recurso a decisão do juiz da causa, que deferiu a favor dos réus, tendo orientado a soltura.
Os familiares dos detidos enalteceram a posição do Tribunal Supremo, em orientação a soltura dos jovens identificados por Afonso Muatchipululo, Justino Valente e António Fernando, detidos durante três meses por acusação de crime de arruação e de perturbação ao funcionamento dos órgãos de soberania.
Em primeira instância o Tribunal Provincial de Malanje chegou a absolver dois elementos por insuficiência de provas no envolvimento na manifestação do 4 de Abril e um por ser menor de idade.
Na altura os seis jovens integraram um grupo de cidadãos que tentou manifestar-se contra a governação da província e pela saída do governador Norberto dos Santos “Kwata Kanawa”, aproveitando-se da presença do Vice-Presidente da República em Malanje para as comemorações do 4 de Abril, dia da paz e reconciliação nacional.
Ao contrário disso, os implicados chegaram a ser detidos e julgados por atentarem contra o património público e a caravana presidencial, mas por não se provar em tribunal, foram todos soltos, sendo três pelo Tribunal Provincial e igual número pelo Tribunal Supremo.