A informação foi avançada ontem, ao Jornal de Angola, pelo chefe do Distrito de Recrutamento e Mobilização Provincial de Luanda, coronel Francisco Franco. A decisão, disse, consta de um despacho do Ministério da Defesa Nacional.
O processo, que começou no dia 4 de Janeiro, é dirigido aos cidadãos nacionais do sexo masculino que completam ou que se presuma completarem 18 anos até ao final do ano. Vai permitir determinar o controlo das reservas aceitáveis em recursos humanos mobilizáveis, facilitando, deste modo, a renovação regular e qualitativa dos efectivos das Forças Armadas Angolanas (FAA), conforme as suas necessidades. Com o mesmo, o Ministério da Defesa Nacional prevê o cadastramento de 90 mil jovens em todo o país.
Apesar de o prazo ter sido prorrogado, o coronel Francisco Franco fez já um balanço preliminar do processo, tendo concluído que Luanda superou todas as expectativas, ao registar, até ao dia 15 do mês que hoje termina, 23.287 jovens. A previsão era de recensear, na capital do país, apenas 14 mil cidadãos.
O chefe do Distrito de Recrutamento e Mobilização de Luanda apontou a escassez de modelos ou fichas como um dos grandes constrangimentos durante o processo. As quantidades solicitadas, disse, não foram suficientes, em função do número de jovens que acorreram aos postos de registos.
Segundo o coronel Franco, os municípios da Quissama e Icolo e Bengo tiveram a maior participação. “Os jovens perceberam que sem o recenseamento militar o cidadão perde todos os direitos previstos na lei”, disse.
O oficial superior das Forças Armadas Angolanas considerou satisfatório o aumento do número de jovens registados, na medida em que isso vai permitir prever o enquadramento de novos efectivos das FAA.
O coronel esclareceu, entretanto, que apesar de haver necessidade de todos fazerem o recenseamento, nem todos vão poder ser incorporados nas FAA.