A revelação foi feita hoje, na cidade do Huambo, pela investigadora Olívia de Carvalho, da Universidade Portucalense (Portugal), quando apresentava o tema “Identidade, Cultura e Educação”, durante o 1º simpósio internacional de Psicologia, denominado a Psicologia e a cultura de si.
Disse que tal prática, conhecida por “kery bay kery” gera, sobretudo no primeiro ano de vida do bebé, maior segurança, conforto, desenvolve a personalidade e o sentimento de maior tranquilidade de ligação com a mãe.
Tendo em conta estas vantagens, a psicóloga Olívia de Carvalho sugeriu que esta prática angolana fosse generalizada em outros lugares do mundo, sublinhando, ainda, o facto da mesma reduzir o stress nas mães.
Explicou que os diferentes contextos em que as crianças nascem têm impacto na sua futura actuação, defendendo, por isso, a necessidade da preservação dos bons hábitos culturais da sociedade angolana.
“Vários estudos demonstram ser mais preferencial carregar o bebé nas costas, que leva-los em transportes ou meios auxiliares, pois a proximidade física e a disponibilidade materna são fundamentais para o estabelecimento da vinculação e a parentalidade”, justificou.
No simpósio, organizado pelo Instituto Superior Politécnico Sol Nascente (privado), foram abordados temas como a “influência da cultura na formação da consciência do cidadão, problemas de aprendizagem e as diferentes faces das tecnologias de informação e comunicação na era pós moderna: rupturas éticas à construção da autenticidade”.
Existente desde 2012, o Instituto Superior Politécnico Sol Nascente ministra cursos de licenciatura nas especialidades de Direito, Ciências Políticas e Relacções Internacionais, Enfermagem, Finanças e Contabilidade, Sociologia, Gestão de Recursos Humanos, História e Didáctica, Informática de Gestão, Psicologia e Didáctica.