O Manuel António Paulo cumpria prisão domiciliar deste 2018 porque estava envolvido no processo do conhecido "Caso CNC".
Ao Novo Jornal o advogado, Bruce Manzambi Filipe, que defendeu o réu no processo, confirmou a morte do ex-director-geral do Conselho Nacional de Carregadores que havia sido condenado em primeira estância a 10 anos de prisão, em 2019, no mesmo processo em que também foi condenado o antigo ministro dos Transportes, Augusto Tomás.
"Ele teve uma paragem cardíaca na sexta-feira, 29, na sua residência, onde cumpria prisão domiciliar, e foi levado para a Clínica Sagrada Esperança onde faleceu no Sábado", disse o advogado de Manuel António Paulo, que liderou o CNC entre 2015 e 2018.
Manuel António Paulo foi detido em 2018, no "Caso CNC" acusado ter praticado os crimes de peculato, branqueamento de capitais, associação criminosa e prática de artifícios fraudulentos para desviar fundos do Estado no Conselho Nacional de Carregadores.
Em Agosto de 2019, foi condenado a 10 anos de prisão pelo Tribunal Supremo, mas viu a sua pena reduzida em Novembro do mesmo ano, para cinco anos, após interpor recurso.
Os juízes do Supremo tiveram em consideração, entre outros aspectos, a falta de antecedentes criminais para o réu que sempre insistiu na sua inocência.
Manuel António Paulo era Professor Catedrático da Universidade Agostinho Neto (UAN), que em nota de condolências lamenta a morte do seu quadro docente.
"O professor Manuel António Paulo foi um dos principais artífices do processo de consolidação do Ensino Superior em Angola e de forma muito particular da Faculdade de Economia da UAN", lê-se na nota de condolências assinado pela reitoria da Universidade Agostinho Neto.