A Polícia Nacional frustrou este sábado, 13 de Fevereiro, em Luanda, a realização de uma manifestação não autorizada pelas autoridades, por força das medidas de prevenção e combate à Covid-19.
Os jovens pretendiam expressar, na rua, a sua solidariedade às famílias das vítimas do massacre de 30 de Janeiro no Cafunfo.
António Eduardo, uma das testemunhas que presenciou a acção da polícia, sublinhou que dezenas de jovens foram detidos e levados em local incerto.
O mecânico de profissão mostrou-se surpreso pelo comportamento apresentado pelos agentes que bloquearam todos os lugares de concentração dos jovens que pretendia aderir à manifestação.
“Não nada de mal. Eles não destruíram nada. Nós sabemos que a manifestação foi pacífica e polícia nacional não tem nada que vir prender os jovens”, retorquiu António Eduardo.
Quem também falou do comportamento da polícia foi o engraxador João Pinto, que confirmou à RFI a detenção de dez jovens no momento da tentativa de concentração de alguns manifestantes no Largo do Cemitério de Sant´Ana, em Luanda.
“O que se passou aqui, foi a tentativa de alguns jovens em se manifestar e a polícia prendeu-os. A polícia prendeu todos os jovens que se estavam a manifestar”. RFI