Segundo o jornalista da Rádio Luanda, Paulo Miranda Júnior, David Mendes terá em declarações falado sobre "o triste" destino do dinheiro apreendido com Pedro Lussaty.
"O advogado de um suposto major endinheirado, que também é deputado eleito a Assembleia Nacional, vai a televisão e com todos os verbos diz que os milhões de que se falam serviriam para financiar uma agrupação político-militar a tomar de assalto a colina de S. José e o País "acorda" normalmente! Este País não é para fracos", disse Paulo Miranda.
Já para o jornalista e analista político, Ilídio Manuel, o problema que envolve o "Manjor" Lussaty com as alegadas conexões aos generais exonerados da Segurança Presidencial é mais grave do que se pensava.
De acordo com Ilídio, o deputado David Mendes deixou transparecer que o excesso de dinheiro em mãos de generais, podia fazer com que eles perseguissem objectivos políticos com vista a financiar um partido político, ou causar a desestabilização.
"Quis com isso dizer que os generais tinham por objectivo financiar o PCT para a tomada do poder?", questionou o jornalista.
Num outro país, apelou, David Mendes deveria ser chamado aos órgãos de Defesa e Segurança para prestar mais esclarecimentos, já que está em causa a Segurança do Estado.
Ilídio Manuel salientou ainda que, a tentativa de David Mendes ilibar o consulado de JLo, como se o escândalo tivesse ocorrido na gestão de JES, não foi bem-sucedida.
Recorda igualmente que depois de ter sido confrontado com o facto de o dinheiro (notas novas), ter sido recentemente levantado num dos bancos, o homem ficou sem chão.
"Apanhado em contra mão por Leda Makuéria, o "inamovível" comentarista da TV Zimbo atirou, desesperadamente, a bola para o campo ao BNA", conforme Ilídio Manuel.
Importa realçar que, durante o primeiro interrogatório de cerca de 4 horas a que foi submetido, no dia 27 deMaio, pela Direção Nacional de Investigação e Ação Penal (DNIAP), da PGR, Pedro Lussaty, major das Forças Armadas Angolanas (FAA), assumiu ser o único proprietário do dinheiro e de outros bens encontrados consigo no momento da detenção.