Para o alcance da meta, afirmou a governante angolana, as autoridades sanitárias precisam de imunizar diariamente 100.000 pessoas, exortando os cidadãos à aderirem aos postos de vacinação em “cumprimento do dever cívico e patriótico”.
A Comissão Multissetorial de Prevenção e Combate à Covid-19 anunciou hoje medidas mais restritivas para conter a propagação da covid-19 no país, cujo novo decreto sobre a situação de calamidade pública entra em vigor na sexta-feira, 01 de outubro.
Sílvia Lutucuta, que falava em conferência de imprensa no Centro de Imprensa Aníbal de Melo, em Luanda, deu conta que as variantes Alfa, Beta e Delta, que já têm circulação comunitária no país, estão a contribuir para o crescimento galopante da covid-19 no país.
Angola registou 644 casos positivos da covid-19, nas últimas 24 horas, maior recorde de novos casos desde o início da pandemia no país em março de 2019.
Para a ministra angolana, se os cidadãos não seguirem as orientações das entidades sanitárias “poderemos perder a luta” contra a covid-19: “Estão a morrer mais pessoas de covid-19 do que a malária”, enfatizou.
“E esse é o momento que temos que fazer uma introspeção, porque os cidadãos continuam a fazer ajuntamentos, festas familiares, não estão a usar máscaras, deixaram de lavar as mãos”, lamentou.
A adesão à vacinação, apelou, “é uma arma importante” de combate à covid-19.
Pelo menos 19 casos positivos de covid-19 foram registados em algumas escolas da capital angolana, recordou Sílvia Lutucuta, apelando às famílias para um cuidado redobrado para com as crianças.
Questionada pelos jornalistas se o registo de casos positivos em escolas não vai comprometer o presente ano escolar, a governante frisou que a situação “está em avaliação”, adiantando que será feito um “rastreio aleatório” a nível de escolas do país para se aferir o gráfico de propagação.
Em relação ao fabrico de vacinas contra a covid-19 em Angola, a ministra deu conta que o Governo angolano “está a avaliar as melhores opções”, porque, argumentou, “devem ser vacinas certificadas não apenas para o mercado nacional, mas também para a região”.