Segundo o porta-voz do Comando Provincial de Luanda da Polícia Nacional, superintendente-chefe Nestor Goubel, os factos ocorreram na noite de quarta-feira, na zona da Fubú e Mbondo Chapé, município de Talatona, sul de Luanda.
Segundo o oficial da polícia angolana, inicialmente quatro homens armados, que circulavam em motorizadas, tentaram assaltar uma mulher, na rotunda da Fubú, que morreu, apesar de o assalto ter sido frustrado por efetivos da polícia.
Já no bairro Mbondo Chapé, tentaram igualmente um novo assalto, cuja vítima era um oficial do Serviço de Investigação Criminal (SIC), que no local realizou alguns disparos, atingindo mortalmente um dos supostos assaltantes.
Os restantes, referiu Nestor Goubel, ainda tentaram a fuga, mas o envolvimento da população local barrou-lhes a saída, tendo morrido depois de terem sido "barbaramente agredidos pela população”.
O oficial do SIC, atingido numa das pernas na troca de tiros com os supostos assaltantes, “está fora de perigo” e recebe assistência numa das unidades hospitalares da capital angolana, disse a mesma fonte.
Nestor Goubel, que lamentou os factos, assegurou que a corporação em Luanda doravante “não terá contemplações para com os assaltantes” e referiu que a reação da polícia “será proporcional à medida da ameaça que estes apresentarem”.
“É assim que doravante será feito usando o princípio da proporcionalidade. Todos aqueles que saírem à rua visando alterar a ordem e tranquilidade públicas vão ser respondidos com o mesmo nível de proporcionalidade, em função do grau de ameaça”, assegura o porta-voz da polícia em Luanda.
“Portanto se ele [o criminoso] se fizer à rua com arma avise a família que não vai voltar”, advertiu.
Goubel lamentou ainda a morte de um oficial na polícia, na quarta-feira, na zona da Shoprite do Palanca, atingido na sequência de um assalto, e reafirmou:” Avisem aos meliantes que já não haverá contemplações para aqueles que tentarem reagir com a polícia”.
Luanda, com mais de oito milhões de habitantes, tem registado nos últimos dias uma onda de assaltos, que se traduz num clima de insegurança pública, igualmente manifestado, com preocupação, pelos bispos católicos angolanos.
Na terça-feira, as autoridades expressaram preocupação com a criminalidade no país, em particular em Luanda, depois de anunciarem que foram registados dez mil crimes em Angola nos passados meses de agosto e setembro.