Em declarações à Rádio Ecclesia, o padre Rufino Tchitwe, pároco desta igreja católica localizada no bairro da Precol, distrito urbano do Rangel, lamentou a situação, dando conta que os supostos assaltantes “romperam a porta da igreja e o cofre, de onde retiraram todos os valores”.
Segundo o sacerdote, que se diz “triste” com esta ação, a ocorrência é do domínio das autoridades policiais “que estão já a fazer o seu trabalho".
"Esperamos que os implicados sejam responsabilizados”, afirmou.
“Estamos muito tristes com esta ação, porque é uma questão de segurança pública, esperando que as autoridades nos ajudem a melhor salvaguardar este lugar sagrado, para que possamos fazer aqui as nossas devoções e celebrações habituais nesta nossa comunidade paroquial”, afirmou o padre Rufino Tchitwe.
Os bispos da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST) manifestaram-se, recentemente, preocupados com o nível alto de criminalidade e de insegurança em Angola, que atingiu no último ano mais de 60 instituições da igreja católica.
A preocupação foi expressa pelo arcebispo de Luanda e presidente cessante da CEAST, Filomeno Vieira Dias, na abertura da segunda assembleia plenária dos bispos católicos, que decorreu em Luanda entre 06 e 11 de outubro.
A necessidade da “melhoria da capacidade de resposta dos órgãos policiais com meios que permitam melhor mobilidade e estímulo para os agentes” foram algumas das recomendações dos bispos da CEAST à corporação.
Luanda, capital angolana com mais de oito milhões de habitantes, tem registado nos últimos dias uma onda de assaltos com recurso a armas de fogo, que resultam em mortes e feridos, cenário que se traduz num clima de insegurança que inquieta dos citadinos.
Hoje, o porta-voz do Comando Provincial de Luanda da Polícia Nacional anunciou que um suposto assaltante foi morto a tiro pela polícia e outros três foram linchados por populares, na noite de quarta-feira, após tentativas de assaltos na via pública.
Nestor Goubel, que lamentou os factos, assegurou, no entanto, que a corporação em Luanda doravante “não terá contemplações para com os assaltantes” e referiu que a reação da polícia “será proporcional à medida da ameaça que estes apresentarem”.