Ao presidir ao acto que marcou os festejos dos 116 anos da peregrinação à Nossa Senhora do Monte, a padroeira da cidade do Lubango, na terça-feira, o prelado disse que “nada justifica o acto de não votar”.
“Deixar de votar é o mesmo que dizer: os outros que trabalhem, eu vivo à minha vida; abster-se é não querer dançar a música da liberdade, da democracia e do bem-estar comum. Nós como pessoas que se alimentam da palavra de Deus sabemos das nossas obrigações e devemos levá-las até ao fim com disciplina”, frisou.
Durante a homília, pediu a adesão “massiva” dos jovens ao processo, por serem “os protagonistas da mudança positiva”, apelando os angolanos, em geral, ao respeito pela diferença, para o êxito do processo.
"Cinco anos de mandato, são cinco anos de que passam, que Angola não vai acabar no dia 23 de Agosto, tão pouco nos dias subsequentes, pelo que há necessidade de manter a paz e a fé, porque feliz é a nação cujo Deus é o Senhor”, afirmou.
Angola realiza as suas quartas eleições gerais a 23 deste mês, com a participação do MPLA, UNITA, CASA-CE, PRS, FNLA e APN, num pleito em que estarão aptos a votar nove milhões, 317 mil e 294 cidadãos, segundo dados da Comissão Nacional Eleitoral.
O MPLA é a principal força política angolana, tendo actualmente, na Assembleia Nacional, 175 lugares (71,84%), resultantes das eleições realizadas em 2012. Nesse pleito eleitoral, a UNITA, a segunda força, alcançou 32 assentos (18,66%), enquanto a CASA-CE obteve oito cadeiras (6,00%) no terceiro posto, colocando para trás o PRS, com três deputados apenas (1,70%) e a FNLA, com dois (1,13%).