Segundo o Movimento dos Estudantes Angolanos (MEA), as manifestações, que devem ter início em 15 de abril e decorrem até 14 de maio próximo, visam alertar as autoridades no sentido de responderem às reivindicações dos docentes universitários.
O MEA lamenta que o encontro previsto, na segunda-feira, com o Ministério das Finanças e do Ensino Superior, para abordar a greve dos professores, que retomou em 27 de fevereiro, tenha “fracassado” e se traduzindo em “humilhação e desrespeito” aos estudantes.
Nesse sentido, - refere o secretariado nacional para o ensino superior do MEA - “decidimos dar a última oportunidade aos referidos ministérios para se pronunciar sobre a sua ausência dentro de dez dias, findo o período devem ter início as manifestações.
Pelo menos cinco manifestações, organizadas pelo MEA, estão previstas para Luanda, sendo a primeira nos dias 15 e 16 de abril, a segunda nos dias 22 e 23 de abril, a terceira nos dias 29 e 30 de abril, a quarta nos dias 06 e 07 de maio e a última nos dias 13 e 14 de maio.
O Sindicato Nacional dos Professores do Ensino Superior (Sinpes) angolano retomou em 27 de fevereiro passado a greve, por tempo indeterminado, em protesto contra os “salários miseráveis” e a inversão de prioridades do executivo.
“Quando se pode comprar 45 viaturas num valor total de 9 milhões de euros, isto é um paradoxo. Num país que pretende ser competitivo e sabendo que o conhecimento é uma alavanca para o crescimento, não há vontade política para aumentar salários”, afirmou à Lusa o secretário-geral do Sinpes, Eduardo Peres Alberto, na ocasião.
Os professores reivindicam atualização dos salários, melhores condições laborais, seguro de saúde e outras, constantes de um memorando de entendimento de 17 de novembro de 2021.