A casa de leilões de Guernsey, em Nova York, suspendeu a venda de cerca de 70 itens pessoais pertencentes ao herói antiapartheid Nelson Mandela.
Sem nenhuma explicação, o leilão foi abruptamente interrompido, a meia ao clamor popular na África do Sul.
Makaziwe Mandela, a filha mais velha de Nelson Mandela, planejava leiloar pertences como seus aparelhos auditivos, bengalas e óculos de leitura em 22 de Fevereiro.
Ela pretendia usar os lucros para financiar um jardim memorial perto de seu local de sepultamento. A Agência de Recursos do Património da África do Sul (Sahra) contestou sua decisão na Justiça, mas perdeu o caso. Sahra pretende recorrer da decisão.
O ministro das Artes e Cultura da África do Sul, Zizi Kodwa, disse que o bloqueio da venda era necessário, pois Mandela “é parte integrante do patrimônio da África do Sul”.
“Portanto, é importante que preservemos o legado do ex-presidente Mandela e garantamos que as experiências de trabalho de sua vida permaneçam no país para as próximas gerações”, disse ele.
O neto de Mandela, Ndaba, foi citado pela imprensa local, dizendo que também se opunha ao leilão.
Nelson Mandela morreu, aos 95 anos, em 2013. Antes da sua eleição como presidente negro da Africa do Sul, em 1994, Mandela foi preso por quase 30 anos por lutar contra o governo de minoria branca.