"É com a maior tristeza e pesar que informo que nosso querido Hage G. Geingob, presidente da República da Namíbia, faleceu hoje", diz o comunicado assinado pelo presidente em exercício Nangolo Mbumba.
O texto pede por calma e serenidade "enquanto o governo cuida de todas as providências, preparativos e outros protocolos estatais necessários".
Geingob foi primeiro-ministro por doze anos, um recorde de longevidade no país, antes de se tornar, em 2014, o terceiro presidente e o primeiro que não era da etnia ovambo, majoritária na Namíbia.
Desde jovem, Geingob se dedicou ao ativismo contra o regime sul-africano do apartheid, que governava a Namíbia na época, antes de ser forçado a se exilar primeiro em Botsuana e depois nos Estados Unidos.
Em janeiro, o escritório presidencial anunciou que uma biópsia em um exame médico de rotina havia revelado a presença de "células cancerígenas" no organismo do chefe de Estado.
País no sul da África, a Namíbia foi um dos últimos Estados do continente a conquistar a independência, em 1990. Eleições presidenciais e legislativas estavam previstas para o final do ano.