O candidato presidencial Venâncio Mondlane rejeitou hoje “de forma liminar” os resultados das eleições gerais moçambicanas, que atribuem à Frelimo e ao seu candidato, Daniel Chapo, a vitória, considerando que “não refletem a vontade do povo”.
A Comissão Nacional de Eleições (CNE) moçambicana anunciou esta quinta-feira a vitória de Daniel Chapo (Frelimo) na eleição a Presidente da República de 9 de outubro, com 70,67% dos votos, resultados que ainda carecem da validação do Conselho Constitucional.
Os bispos católicos de Moçambique denunciam “fraudes grosseiras” nas eleições do país e condenam o “bárbaro assassinato” de Elvino Dias e Paulo Guambe e pedem “coragem para o diálogo e para repor a verdade dos factos”, noticiou hoje a agência ECCLESIA, citado pela rádio Eclésia de Angola.
O candidato presidencial Venâncio Mondlane acusou hoje as forças policiais de dispararem "balas verdadeiras" contra manifestantes durante as marchas por si convocadas e afirmou que os moçambicanos juntaram-se para "salvar o país".
A Handeka/Movimento Cívico Mudei, de Angola, repudiou hoje “vigorosamente” o recurso a “mortes encomendadas” para silenciar adversários políticos e apelou à resiliência e coragem dos moçambicanos para levar os responsáveis à justiça.
A Procuradoria-Geral da República moçambicana intimou o candidato presidencial Venâncio Mondlane a abster-se de "agitação social e incitação à violência", assinalando que o político cometeu o crime de desobediência ao declarar-se vencedor nas eleições gerais do dia 9.
A CNE angolana lidera a missão internacional de observação eleitoral da SADC (ECF-SADC) em Moçambique conclui que as eleições de 9 de Outubro, em Moçambique, foram conduzidas de forma ordeira e transparente de acordo com as leis eleitorais.
Moçambique vota nesta quarta-feira (9) para eleger presidente, o Parlamento e os governadores provinciais, eleições que ocorrem sob um clima de tensão.
O Centro para a Democracia e Direitos Humanos (CDD) moçambicano acusou o Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, de “interferência inaceitável” nas eleições em Moçambique, por ter recebido o candidato presidencial Daniel Chapo, apoiado pela Frelimo, partido no poder.
O partido extraparlamentar Povo Otimista para o Desenvolvimento de Moçambique (Podemos), composto por dissidentes da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), no poder, vai apoiar a candidatura de Venâncio Mondlane à Presidência, anunciou hoje a força política.