De acordo com as suspeitas relatadas, “Zenu”, como é mais conhecido o filho de José Eduardo dos Santos, Usou o Fundo Soberano de Angola (FSDEA), de que é gestor, para desviar fundos públicos e lavagem de dinheiro por ordens do Seu Pai.
O FSDEA é financiado pelas receitas da empresa petrolífera estatal angolana, a Sonangol, e gere cinco mil milhões de dólares (4,44 mil milhões de euros), tendo por missão promover o desenvolvimento do país.
No entanto, revela. O FBI , o FSDEA foi usado para fins ilícitos, integrando uma rede de branqueamento de capitais.
O FBI refere que no centro das suspeitas estão as ligações entre o FSDEA, “um presidente de um banco alemão caído em desgraça, gestores condenados por gestão danosa, um banco russo privado” e um “enteado do vice-presidente” de Angola, Manuel Vicente, que foi presidente do grupo Sonangol.
Manuel Vicente foi recentemente notícia nos Estados Unidos da America por corromper o ex-Procurador português, Orlando Figueira, pelo alegado pagamento de luvas para o arquivamento de processos em que ele e outros altos responsáveis angolanos estariam envolvidos como Ex-Presidente de Angola e a filha Isabel dos Santos.
O enteado de Manuel Vicente citado no caso dos Panama Papers, Mirco de Jesus Martins, será suspeito de deter várias empresas-fantasma que terão sido usadas no esquema de lavagem de dinheiro das verbas provenientes do FSDEA.
A consultora Quantum, sedeada na Suíça, e o Banco de Investimentos Kwanza também surgem apontados na investigação que levanta, igualmente, suspeitas em torno das relações entre Angola e a Rússia, insinuando que os dois países podem integrar uma eventual rede de branqueamento de capitais do fundo do Governo de Angola.
Por:Mussa Garcia
Jornalista Investigativo — em Dubai, United Arab Emitates.