Isaías Samakuva falava aos jornalistas, no palácio presidencial, em Luanda, no final da audiência com o novo chefe de Estado angolano, eleito a 23 de agosto deste último, durante a qual abordou problemas como a desmobilização de ex-militares.
Segundo o líder da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), o assunto inicial foi a necessidade da consolidação do Estado angolano, que "passa pelo combate à intolerância, à exclusão e sobretudo pela despartidarização das instituições do Estado".
"Focámos também um aspeto que não é de hoje, trata-se da questão que diz respeito à desmobilização dos ex-militares e que, apesar do processo que se realizou, ainda muitos ficaram sem poderem provar o seu estatuto de terem sido ex-militares e ainda têm dificuldades em provar que foram militares, quando os documentos do seu estatuto de ex-militares são exigidos", disse o político.
Reconheceu que apesar de o Presidente angolano ser conhecedor de muitos dossiês, por ter estado sempre no centro do poder, enquanto dirigente do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), precisa de ver com mais atenção alguns deles, para as devidas respostas.
"Precisa de contactar departamentos que tenham tratado desse assunto [desmobilização dos antigos militares], para depois dar uma resposta mais adequada", referiu.