A força angolana, que se vai juntar a militares da África do Sul, Namíbia e Suazilândia, é liderada pelo brigadeiro Sabino Sara, tendo o ministro da Defesa Nacional, general Salviano Cerqueira, recordado, na Base Área Militar de Luanda, que Angola é atualmente presidente do órgão de concertação política, defesa e segurança da SADC.
"Visa estabelecer a estabilidade política e a segurança" no Lesoto, apontou o governante, sobre a missão, de seis meses.
A decisão de enviar uma força de manutenção de paz para o Lesoto, com 1.200 militares, foi decidida a 15 de setembro último, em Pretória, numa cimeira sub-regional, que mandatou o secretariado regional da SADC, em Gaborone (Botsuana), para preparar uma missão técnica de avaliação para analisar a logística necessária, que já deveria ter partido a 01 de novembro.
Em causa está a agitação político-militar na sequência da morte, a 05 de setembro, do chefe de Estado-Maior do Exército, o general Khoantle Motsomotso, num tiroteio numa caserna com dois oficiais militares rivais, que também morreram.
O Lesoto tem uma longa história de instabilidade política, com golpes de Estado militares em 1986 e 1991 e tentativas de golpe, como em 2014.
Várias personalidades foram assassinadas, incluindo um ex-chefe do exército em 2015.
O Lesoto, um enclave no meio da África do Sul, é um dos países mais pobres do mundo, que além do desemprego e da falta de serviços públicos tem 23% da sua população, de dois milhões de habitantes, infetados com SIDA.