Em causa está a implicação do seu nome à rede de indivíduos que tentaram de forma fraudulenta negociar uma operação de financiamento internacional de 50 mil milhões de dólares, propostos por uma empresa tailandesa e destinada a vários projectos em Angola.
Foram também constituídos arguidos no processo quatro generais, dos quais um já foi ouvido pela PGR, bem como os antigos responsáveis da Unidade Técnica para o Investimento privado (UTIP), Norberto Garcia, e da Agência para a Promoção do Investimento e Exportações de Angola (APIEX), Belarmino Van-Dúnem.
No âmbito deste processo, foram apreendidos 14 telefones, quatro computadores, três Ipad e duas pen drives, para recolher deste material electrónico prova que se conecta com os crimes denunciados.
O responsável da PGR fez saber que foram também feitos ofícios às instituições bancárias, ao registo comercial e alfândegas, para se aferir a regularidade tributária das empresas envolvidas, notando que as investigações decorrem a bom ritmo estando em 70 por cento.
Disse terem notado aproveitamento dessa situação pelas entidades envolvidas, no sentido de se querer tirar proveito do valor prometido pelos supostos empresários.
“Como sabemos, 50 biliões de dólares não é pouco dinheiro. Isto mexe com qualquer um”, disse o responsável, apelando o redobrar da vigilância dos órgãos afins para não caírem em ilicitudes.
Notou que a PGR está engajada em levar até ao fim este processo, dentro dos prazos estabelecidos, augurando que não haja constrangimentos na junção da prova que a instituição quer reunir e remeter a juízo.