"Sim, a menina já está na África do Sul, de facto foi uma situação grave, porque houve negligência grosseira. Estão a ser tomadas medidas junto dos órgãos judiciais competentes", disse hoje Sílvia Lutukuta, quando questionada pelos jornalistas sobre o assunto, em Luanda.
O caso ocorreu em outubro, no hospital Josina Machel, o maior de Angola, em Luanda, depois de uma transfusão de sangue na sequência de problemas de estomatologia e sintomas de anemia.
Familiares da menina acreditam que "negligência médica" deu origem à transfusão deste sangue aparentemente contaminado com o vírus do HIV, situação que levou o Ministério da Saúde a abrir de um inquérito para apurar responsabilidades.
Hoje, a ministra da Saúde angolana assegurou que a menina já está na África do Sul a ser acompanhada por médicos locais e que, "por enquanto", os resultados dos testes efetuados "continuam negativos" para HIV/Sida.
"Por enquanto, os resultados são negativos. Acreditamos que, com as medidas que foram tomadas, atempadamente, tenhamos bons resultados", salientou.
Sílvia Lutukuta falava hoje aos jornalistas, em Luanda, no final da sessão parlamentar que aprovou o Orçamento Geral do Estado (OGE) para o exercício económico de 2019, documento que regista um "incremento" de 6,6% da verba total para o setor da Saúde.
"Já foi um ganho, termos conseguido este incremento e, acreditamos que, todo trabalho será feito no sentido de aumentar-se a percentagem para a Saúde no Orçamento para o próximo ano", sublinhou a governante.