A decisão foi anunciada numa conferência de imprensa conjunta de cinco dos seis partidos e movimentos da CASA-CE depois de ter sido dado um prazo de 72 horas para que Chivukuvuku apresentasse a demissão.
Na conferência de imprensa participaram representantes do Partido para o Desenvolvimento e Democracia de Angola – Aliança Patriótica (PADDA-AP), Partido de Aliança Livre de Maioria Angolana (PALMA), Partido Nacional de Salvação de Angola (PNSA),Partido Pacífico Angolano (PPA) e Partido Democrático para o Progresso de Aliança Nacional Angolana (PDP-ANA), tendo estado ausente o bloco Democrático.
Recentemente, o líder dos independentes da CASA-CE, Abel Chivukuvuk, anunciou, em Luanda, que será cabeça de lista nas eleições gerais de 2022, mas não revelou por que partido. A afirmação foi feita durante a primeira reunião magna dos independentes da CASA-CE, quecontou com a presença dos secretários provinciais exonerados recentemente pela nova direcção liderada provisoriamente por André Mendes de Carvalho(Miau).
No seu discurso de mais de 30 minutos, neste encontro que serviu para avaliar o presente e perspectivar o futuro da CASA-CE, fundada por si, Chivukuvuku acusou o Tribunal Constitucional de ter rompido com esta coligação por não ter reconhecido os independentes. “Não somos nós a ruptura.
Nós é que fomos rompidos pelo Tribunal Constitucional”, sublinhou, acrescentando que, apesar desta situação, vai trabalhar para concorrer, ganhar as eleições e formar novo Governo em 2022.
Na altura, Chivukuvuku disse que “a CASA-CE, a qual ainda está ligada, é a grande esperança dos angolanos para proporcionar- lhes melhores condições de vida”. Num discurso prudente, Abel Chivukuvuku disse estar disposto a dialogar com os partidos políticos que formam a coligação, mas chamou a atenção para forma injusta como estão a ser tratados os independentes.
“Disseram que eu não trabalho: isto não é verdade. Quando fui aos municípios no programa de 15 em 15 dias partilhando o país, onde é que estavam?”, interrogouse. Sem entrar em muitos pormenores sobre a sua candidatura em 2022, o político disse que conta com o apoio de todos independentes para que este propósito seja alcançado, tendo-os alertado para novos desafios políticos.
Novo Bloco democrático Fontes próximas a Chivukuvuku confirmaram na semana passada a OPAíS que ele será o cabeça de lista do bloco Democrático, partido que continuará nesta coligação até 2021, altura em que vai desmembrar- se, transformando-se em “Novo bloco Democrático (NbD)”, para posteriormente concorrer isolado da coligação em 2022 nas eleições gerais.
A escolha de Abel Chivukuvuku para liderar o NbD, em substituição de Justino Pinto de Andrade, passa pelo reconhecimento do trabalho desenvolvido na CASA-CE, com realce para a obtenção de 18 deputados, em dois pleitos eleitorais (2012-2017), segundo as fontes deste jornal.