Foram signatários por Angola o ministro do Interior, Ângelo de Barros da Veiga Tavares, e pelo Governo norte-americano a embaixadora Nina Maria Fite.
O acordo vai permitir a troca de informações sobre técnicas de investigação criminal, a realização de programas de formação profissional, o intercâmbio de informações relacionadas com a prevenção, o combate à actividade criminosa, bem como a obtenção e tratamento de provas.
Após a assinatura do instrumento jurídico, o ministro Ângelo da Veigas Tavares afirmou que o documento vai permitir que Angola beneficie da experiência dos EUA no domínio policial, sobretudo, na troca de informações.
Enfatizou o combate ao tráfico ilícito de drogas e de seres humanos, o combate ao terrorismo, branqueamento de capitais e ao financiamento do terrorismo.
Para a embaixadora dos EUA, Nina Maria Fite, o entendimento vai apoiar os esforços de Angola que visam o estabelecimento de um clima favorável para os empresários nacionais e estrangeiros.
Nina Maria Fite entende que o memorando reforça a parceria existente e cria um mecanismo de apoio à agenda do Presidente angolano, João Lourenço, no combate às actividades, criminosas nacionais e internacionais, que representam uma ameaça aos interesses dos dois países.
Enquanto parceiro estratégico, afirmou, o compromisso dos EUA com Angola baseia-se na promoção de laços comerciais e empresariais com benefícios recíprocos.
Considera que a parceria estratégica estende-se ao aproveitamento do potencial da população jovem de Angola, a fim de impulsionar o crescimento económico do país e promover a paz e segurança.
As relações bilaterais entre Angola e os EUA evoluíram, nos últimos 26 anos, para uma parceria estratégica assente em instrumentos jurídicos de cooperação, em áreas como educação, saúde, segurança e comércio.
As trocas comerciais entre os dois países atingiram USD 3,4 biliões no final de 2017, sendo que Angola exportou produtos avaliados em USD 2,6 biliões e os Estados Unidos da América cerca de 800 milhões de dólares.
Angola exporta para os Estados Unidos da América, essencialmente, petróleos e diamantes, ao passo que os norte-americanos exportam alimentos, equipamento para o sector petrolífero e maquinaria diversa.
Os dois países rubricaram, em 2010, um acordo para a criação de uma comissão bilateral intitulada Diálogo de Parceria Estratégica. O acordo visa elevar as relações entre Luanda e Washington.