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É ao povo angolano que cabe decidir

Post by: 24 Agosto, 2017

É aos angolanos que cabe definir os principais desafios que se colocam a Angola mas como membro de um partido solidário com a luta do povo angolano, primeiro contra o colonialismo português, depois em defesa da independência e pela edificação do seu Estado soberano adianto três questões a meu ver decisivas para o futuro de Angola.

Por Albano Nunes

Coloco em primeiro lugar a defesa e consolidação da soberania e independência nacional. Na minha observação da actual conjuntura internacional, quando o imperialismo pôs em marcha uma violenta e multifacetada ofensiva que o PCP caracteriza, não apenas de neocolonial mas de recolonização planetária, a questão prévia que se coloca aos países que em África acederam à independência nas últimas décadas é salvaguardar o direito a escolher sem ingerências externas o seu próprio caminho. Angola, com os seus valiosos recursos naturais, está também na mira das multinacionais, do FMI, do Banco Mundial e demais instituições imperialistas.

Um segundo desafio, também ele extensivo a todo o continente africano, é o do desenvolvimento económico e social. È inegável que grandes progressos foram feitos. Anos houve em que Angola cresceu a um dos ritmos mais elevados do mundo, mas fenómenos negativos, aliás reconhecidos pelos responsáveis angolanos, como quanto à repartição do rendimento, à corrupção ou a uma excessiva dependência dos recursos petrolíferos são obstáculos a vencer. A diversificação da produção é unanimemente reconhecida como decisiva para assegurar o progresso económico e elevar o nível de vida dos angolanos.

O terceiro desafio é o da paz e da estabilidade da sociedade angolana. A trágica guerra imposta ao povo angolano pela UNITA em conluio com o regime do apartheid e o imperialismo não deve ser esquecida. Nem subestimada deve ser a política de desestabilização e destruição de Estados soberanos que, como no Iraque, na Líbia e na Síria está a ser o alfa e o ómega da estratégia hegemónica das grandes potências capitalistas. Suscitam preocupação as persistentes campanhas, nomeadamente em Portugal e na União Europeia, de ingerência nos assuntos internos de Angola ou as ameaças dos partidos que em Angola combatem o papel histórico do MPLA de não reconhecer os resultados eleitorais.

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