Quarenta e dois mil, novecentos e noventa e sete casos de malária foram registados de Janeiro/Abril de 2021, menos 10 mil e 255 casos em relação ao mesmo período de 2020 em que foram registados 53 mil e 252, apurou hoje, terça-feira, à Angop, junto da direcção municipal da saúde de Luanda.
Um surto de malária e dengue está a assolar a província angolana de Benguela, com o registo de diário de 2.000 casos, dos quais morre um paciente em cada 400 casos diagnosticados, informaram as autoridades sanitárias locais.
A Associação dos Doentes Angolanos em Portugal (ADAP) acusa o Governo de Luanda de empurrar os doentes em tratamento em Portugal para a situação de sem-abrigo ao retirar-lhes apoio ou obrigar ao seu regresso, que a maioria recusou.
O governo angolano criou a Agência Reguladora de Medicamentos e Tecnologias de Saúde (ARMED), entidade que será responsável pelas ações de regulação, regulamentação, licenciamento e fiscalização no domínio dos medicamentos de uso humano e tecnologias da saúde.
Corpos abandonados na morgue do Hospital Geral de Benguela (HGB), em Angola, numa média superior a 15 por mês, vão a enterrar sem o devido tratamento, em lonas e sacos, num único tractor, indicam depoimentos recolhidos pela VOA após 44 funerais administrativos na última semana.
As urgências dos principais hospitais da província de Luanda registam há já alguns dias elevada procura o que obriga a que os pacientes fiquem largas horas à espera de serem atendidos, estando mesmo algumas destas unidades em risco de ruptura da sua capacidade de atendimento.
Médicos angolanos alertaram hoje para o “agravar da situação sanitária” em Luanda, que se reflete já nos hospitais primários e terciários, apontando a “malária e as doenças diarreicas” como as principais patologias nos bancos de urgência.
O Governo norte-americano apoiou Angola com 360 milhões de dólares (297,6 milhões de euros) na luta contra a malária, principal causa de mortes e internamentos no país, apesar de registar "progresso significativo" no controlo da doença.
Um surto de tosse seca, acompanhada de vómitos, já afetou perto de cem pessoas na comuna do Luiana, município angolano do Rivungo, província do Cuando-Cubango, anunciaram hoje as autoridades locais, manifestando-se "preocupadas" com a situação.
A ministra da Saúde angolana reiterou hoje que o país tem condições para receber e dar continuidade ao tratamento dos doentes que se encontravam em junta médica em Portugal, sobretudo aqueles com insuficiência renal.