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O Legado dos piores do mundo: A angola que JES deixa aos angolanos e JLo deve mudar

Post by: 20 Outubro, 2017

No seu legado económico, José Eduardo dos Santos deixa um país com 20 milhões de pobres com uma elevada percentagem de indigentes, além de um ambiente institucional hostil ao investimento – o principal impulsionador da formação de riqueza e dos rendimentos necessários para enfrentar  a pobreza – como provam os indicadores abaixo:

Dez mais mal governados de África - a classificação do país desceu no Índice Ibrahim de Boa Governação Africana 2016 para 45 entre 54 países estudados, apesar da tendência, desde 2006, ter sido positiva. A pontuação angolana foi de 39,2 pontos numa escala de 100, inferior à média global de 50 pontos  e uma queda de dois lugares em relação de 2015. Contribuíram para essa classificação a ausência de progressos em matéria de segurança e Estado de direito, participação e direitos humanos, oportunidades económicas sustentáveis e desenvolvimento humano.

Dez com as piores estatísticas - Angola classificou-se, em 2016, entre os dez países de África menos aptos para disponibilizar indicadores credíveis,  de acordo com o Indicador de Capacidade Estatística do Banco Mundial - um instrumento que mede a capacidade dos Estados de recolher, analisar e divulgar dados sobre as suas populações e economias -, faltando, ao país, dados sobre a natalidade, mortalidade, taxas de desemprego, desempenho económico, impostos e gastos públicos.

Dez mais corruptos do mundo - A organização da luta contra a corrupção Transparência Internacional coloca Angola no grupo do países mais corruptos do Mundo, ocupando a posição 163 num universo de 167 países estudados para o Índice de Percepção da Corrupção divulgado este ano nos Estados Unidos. O país integra a categoria de países “altamente corruptos”, aos lado da Guiné-Bissau (158) e outros 14.

Esperança de vida – Angola registou a mais alta taxa mortalidade do mundo em 2015 e a segunda pior taxa de esperança de vida à nascença, de acordo com o relatório de 2016 da Organização Mundial de Saúde (OMS). Nesse ano,156,9 crianças até cinco anos morreram por cada 1.000 nascidas vivas, enquanto por cada 100 mil nados vivos morreram 477 mães. Na altura, a OMS também contrariou a versão do Governo angolano para a esperança de vida à nascença: de 60,2 anos, com base no censo realizado em 2015. A OMS disse que ela não passa de 50,1 anos, a segunda pior do mundo.

Saneamento, acesso à água e combate à malária - Um estudo da revista Lancet realizado em 2015 sobre 188 países publicado na segunda-feira, 11, coloca Angola na posição 170 no que toca a estas três metas dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) para 2030. No relatório, o país tem o valor mais baixo do indicador que mede o risco prevalecente para a população pela falta de higiene, definida pela dificuldade de acesso ao sabão e água depois do uso da casa de banho ou a entrada em contacto com excreções.

Falta de liberdade de expressão e associação - Relatório da Amnistia Internacional referente ao período 2015-2016 aponta severas limitações á liberdade de expressão e associação durante aquele período em Angola e denuncia o processo “15+2”, o uso de força excessiva  contra os que criticam o Governo, expõem a corrupção ou denunciam violações aos Direitos Humanos e ocupa dos piores lugares no estudo realizado em 160 países.

Violadores sistemáticos dos Direitos Humanos - A Fundação Bertelsmann (Alemanha) inclui, no seu relatório 2915-2016, Angola na posição 102 num estudo sobre 126 países em desenvolvimento, por relatos de prisões arbitrárias, torturas e perseguições, aliadas a situações de má governação. O país tinha atingido, em 2014, a posição 97, pelo que a classificação do ano passado representa um enorme retrocesso, atribuindo a Angola um lugar entre os principais violadores mundiais dos Direitos Humanos.

País “não livre” - A norte-americana Freedom House classificou, no seu relatório do ano passado, Angola como um país “não livre” e colocou o país numa lista de países a observar, ao lado da República Democrática do Congo, Boznia Herzegoniva, Irão, Kuwait, Malásia, Birmânia, Nigéria, Polónia e Venezuela. Em 2016, Angola desceu do quinto para o sexto nível do “ranking” das liberdades civis elaborado pela Freedom House, que denuncia a perseguição de jornalistas, jovens activistas, políticos e certos grupos religiosos.(Correio Angolense)

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