A condição social dos jovens em Angola continua a levantar vários debates, mas as autoridades não se mostram disponíveis em apresentar soluções para os fenómenos do desemprego e da prostituição.
As políticas do governo angolano para a juventude continuam sem uma definição que possa traduzir na prática as promessas feitas para uma melhor integração social, seis meses depois de João Lourenço assumir a presidência da República.
A juventude angolana vive, nos últimos anos, uma realidade marcada sobretudo pela falta de emprego, à escala nacional, o que se reflecte nos altos índices de criminalidade, nos principais centros urbanos.
Por outro lado, o fenómeno da prostituição tem vindo a assumir proporções alarmantes.
A ausência de soluções e de perspectivas para se inverter este quadro, aprofundam a crise de valores que tomou conta da geração jovem.
No contestado aniversário da juventude angolana, assinalado no passado dia 14 de Abril, as autoridades angolanas não foram capazes de transmitir uma mensagem de esperança aos jovens causando mais frustrações e descontentamentos.
Esta semana, o Presidente da República, João Lourenço, recebeu alguns membros do conselho nacional da juventude, a plataforma que integra várias organizações juvenis, mas o encontro não definiu um horizonte de esperança.
Há criticas de que a linha de crédito de quatro mil milhões de kuanzas, aprovada no ano passado, para financiar projectos de jovens empreendedores, também engrossou a lista de vários casos de corrupção. Os beneficiários são desconhecidos.
Acompanhe o debate com Walter Ferreira, da Plataforma Juvenil para a Cidadania, Rafael Aguiar, líder juvenil da CASA CE,e Sérgio Luther Rescova, da JMPLA: Vaonews