O valor insere-se num despacho presidencial de final de setembro, a que a Lusa teve acesso, e autoriza a abertura da contratação simplificada para a execução de projetos, uma medida que pretende, lê-se no documento, "melhorar a assistência e o acompanhamento médico aos doentes".
Mais de metade do valor será utilizado na construção e apetrechamento do hospital provincial de Cuanza-Sul e do hospital materno-infantil do Huambo, com cada um deles a estar orçado em 27,56 mil milhões de kwanzas (cerca de 80 milhões de euros).
Uma outra grande parte do orçamento - 20.398 milhões de kwanzas (quase 60 milhões de euros) - será utilizada na construção e apetrechamento do hospital de MBanza Congo, capital da província do Zaire.
O Governo autorizou ainda a construção do Laboratório Nacional de Controlo de Qualidade e de Medicamentos, avaliada em 13.782 milhões de kwanzas (cerca de 40 milhões de euros), do Centro de Hemodiálise do hospital de Cabinda, orçada em 4.331 milhões de kwanzas (12,6 milhões de euros) e a reabilitação do Hospital Neves Bendinha, em Luanda, com custos estimados de 4.523 milhões de kwanzas (13,15 milhões de euros).
Dois armazéns centrais vão também ser construídos, um em Luanda e outro em Benguela, com um custo total de 2.945 mil milhões de kwanzas (8,5 milhões de euros).
O decreto assinado pelo Presidente João Lourenço prevê igualmente a construção e/ou apetrechamento de várias unidades hospitalares nas províncias de Bié, Cuanza-Norte, Cuanza-Sul, Cunene, Huambo, Namibe, Uíge.
À semelhança do investimento de 203 milhões de euros para obras em seis estruturas hospitalares, que a Lusa noticiou em 15 de setembro último, também este despacho enquadra-se com as prioridades definidas no Plano de Desenvolvimento Nacional 2018-2022, do Governo angolano.